Em 2010, o Brasil foi a economia que registrou a maior expansão de importação de produtos europeus em todo o mundo. O crescimento das vendas europeias ao Brasil foi de 54% nos oito primeiros meses do ano, o que já coloca dúvidas sobre a capacidade da economia brasileira manter seu tradicional superávit com a Europa nos próximos anos. Dados divulgados ontem pela Comissão Europeia indicaram que, nos oito primeiro meses de 2010, a balança comercial da União Europeia (UE) com o Brasil havia sido zerada e que o superávit que o País mantinha com a Europa há anos desapareceu, algo que não ocorria há 11 anos.
O real forte e a demanda interna brasileira em expansão são os principais motivos, ainda que a UE insista que o governo brasileiro tem proliferado o número de barreiras comerciais nos últimos meses. Para a diplomacia brasileira, os números são a melhor resposta às acusações de que o Brasil mantém seu mercado fechado.
O mercado americano continua sendo o maior destino de produtos europeus, com 155 bilhões de euros em exportação até final de agosto. Mas a expansão em comparação a 2009 foi de apenas 15%. Para China, a alta das vendas europeias foi de 39%, para um total de 72 bilhões.
Mas foram as vendas ao Brasil que registraram o maior aumento, passando de 13,3 bilhões de euros nos oito primeiros meses de 2009 para 20,6 bilhões em 2010.
País se aproxima de taxas indianas de importação
Diante do crescimento das importações à economia brasileira, o País aparece como nono maior destino das vendas da UE no mundo. O Brasil ainda se aproxima das taxas registradas pela Índia, que importou da UE mais de 22 bilhões de euros.
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