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01/12/2010

BRASIL CITADO EM DOCUMENTOS SECRETOS AMERICANOS


Informações vazadas pelo site Wikileaks estremeceram os corredores de Washington, desde que foram divulgadas esta semana por algumas das mais importantes publicações mundiais, como o jornal americano The New York Times. Já faz algum tempo que os grandes jornais e revistas têm se unido para verificar fontes e publicar, de forma conjunta, os vazamentos feitos pelo Wikileaks, o que acaba dando mais credibilidade ao site.

São mais de 250 mil documentos, alguns deles de difícil compreensão pela linguagem diplomática. É possível  que eles vazaram de dois ministérios do governo americano: a da Defesa e a de Estado, dois órgão fundamentais do regime Obama. Por isso, a reação irada de pessoas como a secretária de Estado Hillary Clinton, que lamentou o vazamento e disse que isso mina os esforços americanos de trabalhar em conjunto com outros países,  é verdade, diga-se de passagem até o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon foi espionado. O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse que já há uma investigação criminal “ativa e em curso” sobre o vazamento.

O Brasil aparece principalmente em dois documentos. Em um deles, menos grave, o nosso país é citado em um diálogo entre o presidente iraniano, Mahmou Ahmadinejad, e o presidente russo, Dmitri Medvedev. No encontro, Medvedev questiona Ahmadinejad sobre a política nuclear do país dos aiatolás. O líder iraniano diz que sua nação não está fazendo nada diferente do Brasil.

O outro documento, mais grave, diz que o Brasil disfarça a existência e a prisão de pessoas ligadas ao terrorismo. “O governo brasileiro é um parceiro de cooperação no combate ao terrorismo e actividades relacionados com o terrorismo no Brasil. No entanto, os mais altos níveis do governo brasileiro, particularmente o Ministério das Relações Exteriores, são extremamente sensíveis a quaisquer créditos públicos de que terroristas têm presença no Brasil, seja para arrecadar fundos, organizar a logística, ou mesmo trânsito no país, e vai vigorosamente rejeitar quaisquer declarações implicando o contrário.” O texto aparece em uma carta secreta do então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, de 8 de janeiro de 2008. Segundo ele, “o governo brasileiro recusa-se a definir legal ou mesmo retoricamente designados grupos terroristas como o Hamas, Hezbollah ou as Farc como grupos terroristas, os dois primeiros sendo considerados pelo Brasil como partidos políticos legítimos”. De acordo com Sobel, a Polícia Federal prendeu muitas vezes pessoas que tinham ligações com o terrorismo, mas os acusou de crimes que não eram relacionados ao tema para “evitar chamar a atenção da mídia e do alto-escalão do governo.”

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